Atualmente no Brasil, o nascimento de bebês prematuros corresponde a 9,2% dos nascidos vivos.
A intervenção fisioterapêutica em bebês possui um amplo papel no tratamento de desordens multifatoriais, causadas pelo nascimento prematuro ou por diversas doenças, e é muito importante durante e após a alta hospitalar. Tem como principal objetivo minimizar através de ações preventivas, fatores que interferem no desenvolvimento motor do bebê.
O prematuro pode ser classificado de acordo com a idade gestacional, sendo o prematuro limítrofe aquele nascido entre 37 e 38 semanas; moderado nascido entre 31 e 36 semanas e prematuro extremo aquele nascido entre 24 e 30 semanas de idade gestacional. Quanto ao peso de nascimento, denomina-se os bebês com menos de 2kg como baixo peso, muito baixo peso os com menos de 1,5kg e extremo baixo peso aqueles com peso menor que 1kg.
O fisioterapeuta especialista em pediatria e neonatal é o profissional que deve ter conhecimentos específicos em disfunções cardiorrespiratórias e neurológicas do corpo humano, principalmente em bebês e crianças.
Fisioterapia motora
Quando falamos em fisioterapia pediátrica, logo pensamos no desenvolvimento motor, onde a criança tem que ser capaz de controlar seu próprio corpo, afinal é através do corpo que a criança brinca e ganha recursos adequados para o seu desenvolvimento, garantindo sua independência e ainda contribuindo para que tenha um bom conceito de si mesma.
O trabalho da fisioterapia em bebês de até um ano é definir os marcos do desenvolvimento normal de uma criança e fazer com que este bebê tenha um desenvolvimento mais próximo possível da normalidade.
O tratamento tem como objetivo desenvolver com qualidade e eficiência as potencialidades da criança, de forma que ela possa adquirir o máximo de independência e qualidade de vida.
Fisioterapia respiratória
A fisioterapia pediátrica possui um papel fundamental não apenas nas desordens motoras, mas também nas respiratórias, como asma, bronquiolite e pneumonias. Algumas crianças possuem uma predisposição genética ou mesmo particularidades do sistema respiratório, que as tornam mais susceptíveis a infecções respiratórias. As doenças respiratórias são responsáveis pelo acúmulo de secreção, onde a atuação do fisioterapeuta pediátrico é essencial para promover a remoção de secreção e garantir uma boa expansibilidade pulmonar a partir de técnicas especializadas de recuperação e conservação da capacidade respiratória.
Para que todo o tratamento tenha eficácia e possa alcançar os melhores resultados possíveis é indicado que haja um envolvimento e comprometimento da família em todo o processo de reabilitação da criança.
Ameliane Ziani Oliveira
Profissão: Fisioterapeuta
Área de atendimento: Pediatria e Neonatal
Especialidade em prematuridade e em neuro infantil.
-Formada pela Fundação de Ensino Octávio Bastos – Centro Universitário UNIFEOB
-Pós-graduada pela Universidade Gama Filho
Número de registro: CREFITO 3/ 180838
— Diretora da Clinica Essencial